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É normal que os cachorros se apeguem aos seus tutores e tutoras. Entretanto, essa dependência emocional pode ser extremamente prejudicial ao pet, principalmente nos momentos em que ele fica sozinho em casa.
Existem diversos relatos de cachorros que destroem a casa ou passam o dia inteiro sem se alimentar na ausência da família. Esses comportamentos costumam ser provocados pela ansiedade de separação: um distúrbio emocional que causa pânico e até mesmo depressão.
Para te ajudar a entender melhor esse transtorno, respondemos as principais perguntas sobre o tema, a seguir. Confira e saiba mais sobre a síndrome de ansiedade, suas causas, sintomas e dicas de prevenção.
A ansiedade de separação é um transtorno que causa dependência emocional. Ela costuma se manifestar em cachorros que são muito apegados aos tutores e tutoras ou que passam muito tempo sem companhia em casa.
Em geral, ela provoca pânico no animal, fazendo com que ele apresente comportamentos destrutivos e até mesmo se machuque sozinho. Esse distúrbio é comum e pode afetar cães de todas as idades e raças, apesar de algumas serem mais suscetíveis a isso. Por isso, deve ser prevenido e tratado o quanto antes para evitar problemas mais graves, como a depressão canina.
Não existe uma causa comprovada para o transtorno de ansiedade de separação. Entretanto, a sensibilidade às mudanças parece ser o principal motivo para isso. Na maioria das vezes, o distúrbio se apresenta nas seguintes situações:
- Falta de costume em ficar sozinho, mesmo em períodos curtos;
- Separação da ninhada de forma precoce;
- Traumas provocados quando o cão está sozinho: tempestades, assaltos, fogos de artificio, etc;
- Mudanças na rotina e na casa;
- Chegada de um novo membro na família.
Para que a ansiedade de separação seja identificada e tratada o mais rápido possível, é preciso se atentar aos sintomas do transtorno. Eles podem se manifestar desde o momento em que o cão percebe que vai ficar sozinho, podendo ir de latidos até a automutilação. Confira abaixo os principais sinais da ansiedade de separação:
- Latidos e choros excessivos;
- Comportamentos destrutivos;
- Idas ao “banheiro” no lugar errado;
- Respiração fora do ritmo normal;
- Produção exagerada de baba ou suor;
- Perda de apetite;
- Vômito e diarreia;
- Apatia;
- Machucados causados pelo próprio animal.
Para ajudar o pet a lidar melhor com a separação, é importante mostrar a ele que suas saídas não são ruins e que não há motivo para sofrer. Para isso, você pode testar as seguintes dicas:
Na hora de sair, evite despedidas longas e dramáticas. Já ao chegar em casa, lembre-se de não comemorar o reencontro e dar atenção apenas quando o cachorro se acalmar.
Pode parecer um comportamento insensível, mas na verdade é um cuidado com a saúde do pet: ao tratar as idas e voltas como algo comum, você mostra para o cão que essa ação é rotineira e que ele não deve se preocupar com a sua ausência.
Como mencionamos, alguns cães podem manifestar os sintomas de ansiedade antes mesmo de você sair de casa. Afinal, certas ações - como pegar as chaves, trocar de roupa e calçar os sapatos - fazem com que ele perceba que você está prestes a deixar a casa.
Para evitar esse problema, passe alguns dias simulando uma saída, com todos os rituais que ele está acostumado: calce os sapatos, pegue uma bolsa e as chaves. Em cada uma dessas etapas, presenteie o cachorro com um petisco, carinhos ou brincadeiras. Assim, você transforma a hora de sair em um momento positivo e divertido para o pet.
Quanto mais entretido o cachorro estiver, menos ansioso ele ficará. Para tornar o ambiente mais divertido, você pode esconder alguns petiscos pela casa, de acordo com as quantidades diárias recomendadas. Dessa forma, o cão poderá caçar suas recompensas enquanto estiver sozinho.
Brinquedos interativos e que estimulam a mastigação são ótimos aliados para prender a atenção do pet durante sua ausência. Deixar a TV ligada também é uma ótima opção para quebrar o silêncio e tornar o ambiente mais acolhedor.
Além das dicas acima, é importante contar com acompanhamento médico para contornar a situação. O tratamento com florais, calmantes e outras terapias alternativas pode ajudar a manter o cão calmo e controlar os quadros de ansiedade canina.
Consulte um veterinário de confiança e encontre o melhor método para seu cachorro. Em hipótese alguma tente medicá-lo por conta própria. Isso pode agravar a situação e gerar outros problemas de saúde ainda mais sérios.
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